17.11.09

We are all gonna die tonight!!!

Se você é brasileiro ou mora no Brasil, saiba que vai morrer em 2012. No filme de Roland Emmerich, o terceiro mundo (ou mundo em desenvolvimento) não tem direito a uma arca de salvação. O Rio de Janeiro até aparece sendo destruído, com o Cristo Redentor caindo e tudo mais (como asisti ao filme num cinema paulista, imaginei que algumas palmas apareceriam nesse momento, mas não). Apenas europeus, americanos, árabes ricos, japoneses e russos têm direito a um futuro no mundo apocalíptico de Hollywood.
Se em "O Dia depois de Amanhã", Emmerich foi mais esquerdista ao mostrar a antológica cena dos americanos fugindo do frio cataclísmico em direção México, que só abre as fronteiras após o perdão de sua dívida externa, em 2012, ele é, talvez, mais realista. Os chineses, por exemplo, são escolhidos como construtores das arcas salvadoras pela mão de obra barata e o controle do estado sobre a informação e os trabalhadores. "Deixe com os chineses", diz o cínico americano ao ver as arcas consertadas após avarias de última hora.
No mais é um filme ok. Fora o final ridículo de um cataclisma que dura apenas um dia. Se vão gastar milhões com um blockbuster, pelo menos que façam uma pesquisa científica mais profunda. Não dá para engolir o dia seguinte ao fim do mundo amanhecendo ensolarado após a erupção do supervulcão de Yellowstone.

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