23.11.07

Medo e delírio?

Ao meu lado, um anão de ceroulas. O quarto totalmente azul, do chão ao teto. Uma ópera de Verdi, talvez Aida (?), era assoviada ao fundo. O sol não brilhava, mas a lua se recusava a dar as caras. Tudo foi ficando cada vez mais claro e eu, antes que o caos se instalasse, resolvi apelar. Matei o anão a gritos, pintei tudo de preto, coloquei um rock e dormi o sono dos justos. Quando acordei, estava vivo, mas com o braço direito (ainda bem) completamente dormente. Alguém ao meu lado, que não consegui saber se era homem ou mulher (ou se era gente) riu da minha cara e saiu correndo, sem dó ou consideração. Achei que era assim mesmo e que muito rabugento eu seria se começasse a reclamar. Calei, mas só até o sono chegar. Dormi de novo e ensurdeci o mundo com meus pesadelos.