31.1.08
29.1.08
sete anos
Mais tempo do que o normal. Menos tempo do que o necessário. Tanto tempo para a mesma coisa. Mais tempo do que se pode contar.
O mesmo amor por sete anos. Diferente a cada dia, mas sempre o mesmo. Queria ter gritado menos. Queria ter sido mais atento, o tempo todo. Queria ter sorrido mais.
É um amor que se estende. Um amor que se explica. Que não falta. É o mesmo amor. Mais forte, maior. Sete anos.
O mesmo amor por sete anos. Diferente a cada dia, mas sempre o mesmo. Queria ter gritado menos. Queria ter sido mais atento, o tempo todo. Queria ter sorrido mais.
É um amor que se estende. Um amor que se explica. Que não falta. É o mesmo amor. Mais forte, maior. Sete anos.
Impressão
Uma cidade reduzida a dois quartos, um banheiro, uma sala e uma cozinha. Um único horizonte; sempre chuvoso. São Paulo ainda não tem histórias próprias. As primeiras contas ainda estão chegando. O tempo não para de passar, mas não tem pressa. Os taxistas tendem a ser japoneses, ou nordestinos. Os erres são vacilantes, furados. Os motoqueiros usam capacetes e param nos farois, ou em quase todos. Quase todos, pelo menos. Eu, que vim do caos, da terra sem lei alguma e do orgulho da bagunça que gera lucro, ainda estranho. Uma cidade mais cheia, lotada mesmo, mas mais organizada do que o meu Rio. Aqui, as regras de convívio social ainda estão em vigência. Quase todas, pelo menos. Não me engano. Sei que a confusão se avizinha, por ser sobrenome de metrópole. Mas quero peças, quero exposições, quero festivais. E aqui há. O tempo passa, mas sem pressa. Vamos vivendo nesse apartamento de horizonte curto e chuvoso; quase sempre pelo menos. Dizem que moramos bem, perto de tudo. Do que importa, pelo menos. São Paulo ainda não é própria, é impressão. Algumas ruas já perderam o sobrenome, alguns caminhos já sabemos de cór. Pois o tempo passa, mesmo que sem pressa.