26.8.09

BELCHIOR SUMIU

Deu no Fantástico que o Belchior sumiu. Ninguém sabe do bardo cearense desde março desse ano. Tomara que não esteja morto. O sumiço de Belchior é uma atitude antagônica com o mundo em que vivemos hoje. Se você pensar bem, estamos cercados por um monte de gente que só pensa em aparecer. Esse talvez seja o verbo mais importante da língua portuguesa dos últimos anos. Não importa o que você tem a dizer, ou o que está fazendo. Importa apenas que esteja sendo visto. Um exemplo me vem à mente: Tony Garrido. O ex-vocalista do Cidade Negra tinha um trabalho até interessante com a banda, mas largou tudo de mão para ser celebridade. Repara só. Garrido não faz mais nada há tempos, a não ser aparecer em programas de TV, revistas e sites. Faz aparições. Nem vale a pena falar dos BBBs, das namoradas de jogadores de futebol e outras sub-celebridades. Enquanto isso, Belchior, que além de ser um dos maiores compositores da música brasileira, é pintor, sumiu. Belchior que tem o que dizer, tem o que mostrar. Belchior, um artista de verdade, sumiu. Provavelmente por vontade própria, mas pode ter sido também por ter sentido que não tem mais espaço no Brasil dos dias atuais.

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17.8.09

Essa mulher

É essa mulher que vai me salvar. Cada olhar, cada sorriso, cada atenção, cada perdão. É essa mulher que vai me acalmar, a cada pressão, com cada benção. É essa mulher que vai me guiar, a cada pedaço, do caminho, a cada traço, cada espaço. É essa mulher que vai me amar, a cada gozo, cada amasso, por toda a vida. É essa mulher que eu vou seguir, a cada pedido, cada medida, cada sentido. É essa mulher que vai me iluminar, como uma deusa, só minha, a cada dia. É por essa mulher que eu vou me dar, cada centímetro, cada segundo. É essa mulher, minha, cada pedaço.

Por Ivan Trindade, 17/08/2009