Bicampeão

Estamos vivendo uma boa fase, é verdade. Desde 2006, ganhamos um título a cada 6 meses. O clube parece em ordem e os desmandos menores. Claro que são conclusões de arquibancada, de quem assiste de longe e analisa apenas o que sai na imprensa. Porém, a bagunça de antes parece ter ficado no passado e pela primeira vez em muitos anos se segue algum tipo de planejamento. O resto é a força da Nação. Não sei até onde esse sentimento é verdadeiro, mas é bonito e merece registro. Leonardo Moura, lateral (ala) direito do Flamengo, bicampeão da Taça Guanabara:



Uma vez Flamengo, sempre Flamengo - até Tóquio.

Para a história

Os excessos são conhecidos, os erros foram exaustivamente mostrados, as incoerências apontadas, a ditadura exposta, os crimes denunciados. O afeto, porém, resiste. Um romantismo nascido de um desejo irrealizável. Uma utopia que, porém, por alguns anos foi real. Mesmo que para isso fosse necessário fechar os olhos de quando em quando. Era uma idéia irresistível. Um anão, minúsculo mesmo, desafiando e vencendo o gigante. E mais de uma vez. Quem não vibrou com a Baia dos Porcos? Quem não chorou ao pisar em Havana? Sentimentalismo besta. Mas gostoso. Mesmo ouvindo os gritos das masmorras e sabendo da censura e da perseguição, e das fugas de barco, a ilha não deixou de ser um ideal de porto seguro. Um território insignificante onde a opção foi seguir para o lado contrário à maré. Fidel disse adeus. Não morreu ainda, o que parece cada vez mais próximo, mas baixou as armas. Mais um indício de que os tempos seguem mudando. Implacavelmente.

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Quase 10 dias. Pouca luz, muitos sobrinhos e chuva. Bons momentos e boas fotos.
Mendes, RJ, Fevereiro 2007