30.11.09

É preciso acreditar no desastre para viver o sonho

O Flamengo precisa acreditar no desastre para viver o sonho do Hexa. Hoje, segunda-feira, 30 de novembro, grita-se aos quatro cantos que não há jeito do rubro-negro perder o título. Mas há. O único modo de tropeçarmos é esquecermos que é possível o tropeço. É passarmos a semana falando em festa, que domingo haverá a festa do título. Que o ingresso para Flamengo x Grêmio é um convite festivo e não um ingresso para o jogo mais importante do ano.
Temos que lembrar do América-Mex, do Santo André, do próprio Grêmio em 1997 e de muitas outras tragédias que vivemos no Maior do Mundo, sempre que nos engasgamos na nossa própria euforia.
Por outro lado, temos que lembrar de 1980, 1982, 1983, 1987, 1992. Lembrar da seriedade e da necessidade de dar sangue, suor e lágrimas para vencer o Grêmio como se o time gaúcho (com titulares ou reservas) fosse o melhor time do mundo.
As primeiras notícias dão conta de que o time vai para Teresópolis, viver um retiro de cerca de quatro dias para fugir do caldeirão da gávea. Faço um pedido para a torcida. Vamos deixar o time em paz. Vamos deixar o time trabalhar com calma. Vamos passar toda a nossa energia para os jogadores, mas não podemos passar a idéia de que o jogo de domingo é apenas uma formalidade antes da festa. Nao é!!!
O jogo contra o Grêmio é, na verdade, o último dos desafios. Olhem as páginas dos jornais de hoje. As manchetes conclamam: "A um passo do hexa!!!" Porém, todo passo tem em si um tropeço potencial.
Não quero ver o time rodeado de artistas, celebridades, etc. Nada de torcida no treino, batucada, bandeiras, como fez o Florminense ano passado.
Estamos vivendo a história. A semana que começa hoje não terá sete dias, mas 17 anos. Vamos Mengão Sempre!!!

17.11.09

We are all gonna die tonight!!!

Se você é brasileiro ou mora no Brasil, saiba que vai morrer em 2012. No filme de Roland Emmerich, o terceiro mundo (ou mundo em desenvolvimento) não tem direito a uma arca de salvação. O Rio de Janeiro até aparece sendo destruído, com o Cristo Redentor caindo e tudo mais (como asisti ao filme num cinema paulista, imaginei que algumas palmas apareceriam nesse momento, mas não). Apenas europeus, americanos, árabes ricos, japoneses e russos têm direito a um futuro no mundo apocalíptico de Hollywood.
Se em "O Dia depois de Amanhã", Emmerich foi mais esquerdista ao mostrar a antológica cena dos americanos fugindo do frio cataclísmico em direção México, que só abre as fronteiras após o perdão de sua dívida externa, em 2012, ele é, talvez, mais realista. Os chineses, por exemplo, são escolhidos como construtores das arcas salvadoras pela mão de obra barata e o controle do estado sobre a informação e os trabalhadores. "Deixe com os chineses", diz o cínico americano ao ver as arcas consertadas após avarias de última hora.
No mais é um filme ok. Fora o final ridículo de um cataclisma que dura apenas um dia. Se vão gastar milhões com um blockbuster, pelo menos que façam uma pesquisa científica mais profunda. Não dá para engolir o dia seguinte ao fim do mundo amanhecendo ensolarado após a erupção do supervulcão de Yellowstone.

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12.11.09

A volta RUBRO-NEGRA

A volta é para falar de Flamengo. Depois de anos na tenebrosa zona limítrofe do rebaixamento, o time parece ter acertado e pelo terceiro ano seguido chega às rodadas finais com chances de título. Bem mais do que poderíamos sonhar, o novo hábito nos faz querer mais. O hexa é a meta e temos quatro rodadas para conseguir tal feito. Bora Mengão Porra!!!